A Merck espera que o Keytruda, seu principal medicamento oncológico, passe por um processo de “definição de preço” do IRA a partir de 2026. Se possível, inclua alguns nomes de medicamentos.

A Merck está se preparando para uma queda nas vendas do Keytruda, seu principal medicamento contra o câncer, a partir de 2028. Isso se deve a dois motivos principais: o vencimento de uma patente importante nos EUA no final desse ano e a expectativa de que o governo dos EUA inclua o Keytruda no processo de “definição de preços do governo” do Ato de Redução da Inflação em 2026. Os preços negociados passariam a valer em janeiro de 2028.

A empresa sempre se preocupou com o fim da patente em 2028, mas tem buscado novos negócios para compensar a queda do Keytruda e continuar crescendo na próxima década. Nos EUA, o Keytruda é responsável por grande parte das vendas da Merck, arrecadando 29 bilhões de dólares em 2024. Embora ainda não existam biossimilares aprovados, várias empresas estão desenvolvendo suas versões do Keytruda, como a Celltrion, Samsung Bioepis e Amgen. Na Europa, a exclusividade do Keytruda termina em 2031.

O Ato de Redução da Inflação (IRA) traz outro desafio. A Merck já teve dois medicamentos escolhidos para negociações de preço, com um corte de preço de 79% para o Januvia em 2026 e negociações para Janumet e Janumet XR começando este ano. Os novos preços do Janumet entrarão em vigor em 2027.

Em 2023, a Merck processou o governo dos EUA, alegando que as negociações de preço violam a Constituição. O Departamento de Saúde argumentou que a Merck não tem base legal para o processo, citando a propriedade de uma licença FDA para o Januvia. Mesmo assim, a Merck não pretende desistir da disputa.

“As implicações de longo prazo do IRA são incertas”, explicou a Merck. Segundo a empresa, muitos especialistas preveem que a lei prejudicará a inovação na indústria farmacêutica. A Merck está trabalhando para mitigar esses efeitos, que podem incluir um impacto negativo na inovação.

O CEO da Merck, Robert Davis, afirmou que descobertas como o Keytruda seriam impossíveis sob o IRA.

O IRA foi aprovado em 2022, durante o governo do ex-presidente Joe Biden. Recentemente, o governo mostrou apoio aos argumentos legais usados pela administração Biden em processos relacionados ao IRA. Isso ocorreu antes de uma reunião entre o ex-presidente Trump e líderes da indústria farmacêutica, que buscavam apoio para ajustar certas disposições de preços do IRA.

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