Provera

Nome Genérico e Comercial

O medicamento Provera é conhecido pelo nome genérico de acetato de medroxiprogesterona. É frequentemente utilizado na prática clínica para uma variedade de condições relacionadas ao sistema reprodutivo feminino, bem como para outras indicações endócrinas.

Formas Farmacêuticas Disponíveis

Provera é disponibilizado em várias formas farmacêuticas, incluindo comprimidos orais e injeções. Os comprimidos orais geralmente são encontrados em dosagens de 2,5 mg, 5 mg e 10 mg, permitindo a flexibilidade na gestão das doses conforme necessário para diferentes condições médicas.

Indicações Terapêuticas Principais

Este medicamento é amplamente prescrito para tratar casos de amenorreia secundária, sangramento uterino anormal devido ao desequilíbrio hormonal, na ausência de patologias orgânicas, como fibroides ou câncer uterino, e também como parte da terapia de reposição hormonal em conjunção com estrogênios. Adicionalmente, é usado no manejo da endometriose e como contraceptivo injetável de longa duração.

Mecanismo de Ação

O acetato de medroxiprogesterona atua como um progestogênio sintético, ou seja, é uma substância que simula a ação da progesterona, um hormônio naturalmente produzido pelos ovários. Ele inibe a secreção de gonadotrofinas, o que por sua vez previne a ovulação, altera o muco cervical para impedir a passagem de espermatozoides e modifica o endométrio, o que dificulta a implantação de um ovo fertilizado.

Posologia e Modo de Uso

A dosagem de Provera varia conforme a indicação. Para tratar sangramentos uterinos anormais, recomenda-se geralmente 5 a 10 mg diários durante 5 a 10 dias. No tratamento da amenorreia secundária, a terapia usual consiste em 5 a 10 mg diariamente por 5 a 10 dias durante o segundo semestre do ciclo menstrual presumido. É imprescindível seguir as orientações de um profissional de saúde para ajustes de dosagem específicos à situação individual do paciente.

Precauções e Monitoramento

Antes da iniciar o uso de Provera, uma avaliação minuciosa deve ser realizada para excluir a possibilidade de gravidez. Durante o tratamento, é importante monitorar os efeitos do medicamento no ciclo menstrual, bem como quaisquer sinas adversos como alterações de peso, mudanças de humor ou sinais de tromboembolismo. Pacientes com histórico de condições tromboembólicas devem usar Provera com precaução.

Interações Medicamentosas Relevantes

Provera pode interagir com outros medicamentos, alterando a sua eficácia ou aumentando riscos de efeitos adversos. É crucial informar ao médico sobre todos os medicamentos que estão sendo tomados, incluindo suplementos e medicamentos sem prescrição. Particularmente, enzimas indutoras do citocromo P450, como certos anticonvulsivantes e tratamentos fitoterapêuticos, podem reduzir a eficácia do Provera.

Efeitos Adversos Comuns

Os efeitos adversos mais comuns associados ao uso de Provera incluem alterações menstruais, como irregularidade ou amenorreia, sensibilidade nas mamas, alterações de peso, edema, e pequenos distúrbios de pele ou cabelo. É essencial que os pacientes reportem ao médico o aparecimento de quaisquer efeitos colaterais durante o uso deste medicamento.

Recomendações para Armazenamento

Os comprimidos de Provera devem ser armazenados em um local seco e à temperatura ambiente, longe da luz e umidade. É vital manter o medicamento fora do alcance de crianças e não utilizar após a data de validade impressa na embalagem.

Considerações para Populações Especiais

Em idosos, crianças e pacientes com condições hepáticas, renais ou cardíacas crônicas, Provera deve ser usado com cautela. Essas condições podem requerer ajustes na dosagem ou monitoramento mais frequente. Durante a gravidez, o uso do medicamento é contraindicado, pois pode trazer riscos ao desenvolvimento fetal.

Uso na Gestação e Lactação

Provera é classificado na categoria X de risco na gravidez, ou seja, estudos em animais ou humanos demonstraram anormalidades fetais, e o risco do uso em mulheres grávidas claramente supera quaisquer benefícios potenciais. O medicamento também é excretado no leite materno e pode afetar negativamente o lactente. Portanto, seu uso é contraindicado durante a gestação e a amamentação.